quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

A lei de Murphy e o #FORATEMER

Criada pelo engenheiro espacial Edward Aloysius Murphy em 1949 e incorporada aos princípios da administração, a chamada "Lei de Murphy" pode ser resumida no princípio de que tudo aqui que pode dar errado, dará...

Pois não é que o desgoverno do #FORATEMER resolveu desafiar a própria Lei de Murphy ao decidir dar às Forças Armadas o papel de vigia de cadeia, desviando Exército, Marinha e Força Aérea de suas missões constitucionais, formação e treinamento que envolvem a defesa do País e das suas Instituições para fazê-los mero agentes de uma administração completamente sem rumo?  

Partyida de um "governo" completamente antinacional, entreguista mesmo, envolvido até a medula na corrupção, com índices insustentáveis de popularidade, autor de medidas que afetam profundamente o senso profissional das Forças Armadas, a decisão, como ficou claro no discurso do golpista-chefe, visa apenas e tão somente transferir o prestígio das Forças ASrmadas para o Palácio do Planalto. 

Não bastassem os cortes de verba nos programas de reequipamento das FFAA, especialmente os de misseis e blindados do Exército, do Pro-Sub de construção de submarinos da Marinha e de reequipamento geral da FAB, agora o desgoverno quer que militares treinados para o enfrentamento no limite máximo do uso da força para vigiar cadeia. 

Não vai dar certo, com certeza. 

Sobre isso, Tereza Cruvinel escreve hoje no Portal Brasil 247: 


Uso das Forças Armadas nos presídios desagrada bases militares





Além de inconstitucional, por ferir a missão institucional das Forças Armadas, a decisão do governo de utilizá-las na fiscalização de presídios desagradou profundamente a base militar, ainda que os comandantes não tenham se manifestado em qualquer sentido. Na oficialidade intermediária, segundo fonte militar ouvida pelo 247, a medida mais uma vez “humilha” as Forças Armadas impondo-lhes tarefas que fogem à sua missão de zelar pela segurança nacional em relação a ameaças externas. Elas foram usadas intensamente para controla favelas, como no caso da Maré, no Rio, onde ficaram mais de um ano. 

Esta fonte indicou-nos a revista Sociedade Militar, uma publicação militar online  que não tem natura oficial ou institucional mas reflete o sentimento dos militares. Ela publicou artigo nesta quarta-feira em que critica e reclama da medida tomada por Temer, visando muito mais o aumento de sua rarefeita popularidade do que a efetiva superação da crise, que exige mais que fiscalização dos presídios por militares equipados, ainda que não liderem com presos, o que seria a “suprema perversão”, no dizer do militar.

No dia 10, o site da revista já havia antecipado que o governo Temer pensava em “jogar sobre os ombros” das Forças Armadas a crise penitenciária.

Veja o artigo. O site da revista é www.sociedademilitar.com.br

“A REVISTA SOCIEDADE MILITAR antecipou na semana passada que o primeiro passo para jogar nos ombros dos militares a crise carcerária já havia sido dado. A MINISTRA presidente do SUPREMO,  ao solicitar auxilio das Forças Armadas para uma recontagem de presos,  abriu as "portas" para o que certamente viria depois.

Pois é, aconteceu.

Hoje, 17 de janeiro de 2017, o Presidente da República anuncia mais uma carga para os já sobrecarregados e maus pagos ombros dos militares das Forças Armadas, a segurança dos presídios estaduais.

Depois das cenas de terror das últimas semanas, onde se conprovou que há marginais sem qualquer apreço pela vida humana e, pior, que não hesitam em assassinar opositores com requintes de sadismo, como o pouco divulgado ato de "escrever" com corpos a sigla PCC no presídio do Rio Grande do Norte, a presidência da república floreia sua decisão com palavras bonitas – "pioneira e inovadora" – foram os adjetivos utilizados. Contudo, "desesperada" seria um adjetivo que retrataria melhor a determinação.

Militares das FA desde as academias e centros de instrução são preparados para eliminar os inimigos. Aprende-se a identificar o problema e solucionar da melhor e mais rápida forma possível. Atuar dentro de presídios exige uma preparação completamente diferente, com objetivos completamente diversos da atividade dos militares das Forças Armadas e, ressalta-se, com os militares sujeitos a normas e procedimentos completamente diferentes daqueles a que estão normalmente submetidos em seu dia-a-dia.

Em uma iniciativa inovadora e pioneira, o presidente coloca à disposição dos governos estaduais o apoio das Forças Armadas. A reconhecida capacidade operacional de nossos militares é oferecida aos governadores para ações de cooperação específicas em penitenciárias”, declarou o porta-voz do presidente TEMER, Alexandre Parola.

O MINISTRO Eliseu Padilha, da Casa Civil já avisou que militares das Forças Armadas serão encarregados de realizar revistas em celas.

Os comandantes militares ainda não se manifestaram sobre o assunto. Mas, ninguém espera que coloquem algum obstáculo. Conversamos com colegas do Exército, do Comando Militar do Leste e a informação recebida é de que os militares devem, se realmente usados, se ater à segurança de áreas externas e revistas de celas depois de esvaziadas, mas sem qualquer contato com os detentos.  Lamentável”










segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

A profecia...

Por sugestão do Fernando Brito, no "Tijolaço" 


Profecia de um verão brasiliense

Acertos do governo são insuficientes
Não conterão aquecimento do clima político
"Há no ar da capital da República 1 clima de mormaço abafado" 

No Portal Poder 360 


Nunca houve 1 verão como esse janeiro de 2017 em Brasília. Há no ar da capital da República uma tensão inaudita, 1 clima de mormaço abafado que prenuncia grandes tempestades no horizonte.

Na semana que passou houve Pollyannas de Palácio que saíram a público para falar de campanhas publicitárias oficiais destinadas a disseminar otimismo em razão da queda dos juros na taxa Selic e da notícia de 1 amansamento da taxa de inflação.
Foram, contudo, episódios pontualmente alvissareiros derivados de acertos isolados da frente fiscalista do governo, mas incapazes de deter o avanço do aquecimento global do clima político no país.

A Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Três Poderes assemelham-se às praias pré-tsunamis: o recuo surpreendente da maré fez crescer a faixa de areia e há desavisados vendo ali uma oportunidade para caminhar adiante no novo cenário. Quem olha no horizonte, contudo, vê o avanço das ondas devastadoras. E elas virão.

Há notícia de 1 número sensivelmente elevado de policiais e delegados federais, além de procuradores, trabalhando na cidade em época de férias. Recalls de delações premiadas como as de executivos das empreiteiras Camargo Correa e Andrade Gutierrez e mergulhos profundos nas águas turvas das delações dos 77 acionistas e executivos da Odebrecht podem explicar essa revoada de andorinhas nos céus do cerrado brasiliense.

A desagregação evidente da base parlamentar que viabilizou a deposição da presidente Dilma Rousseff e a ausência absoluta de novos projetos nacionais de poder que antagonizem a raiz social do projeto deposto, que mesmo carcomida pelos fungos da corrupção e pelo arrivismo sindicalista conferiam sustentação e legitimidade ao governo anterior, forçam o recrudescimento do pessimismo nos que miram o horizonte sem o auxílio das bulas farsescas do Dr. Pangloss.

No mangue da política brasiliense sobram caranguejos –que andam para trás e se escondem na lama para evitar a captura dos que lhes procuram –e tornam-se cada vez mais escassos os vagalumes que insistem em iluminar os buracos sombrios e escuros em que se metem os protagonistas de ocasião. Caranguejos são áulicos. Vagalumes podem se revelar profetas. Profetas do caos, mas profetas.

Em meio a tantos sinais patentes de que nunca houve 1 verão como esse de 2017 em Brasília o ministro da Justiça parece apartado do mundo real. Ante as chantagens tragicamente bárbaras que assolam o sistema penitenciário e jurídico brasileiro, expondo corpos decapitados nas sucessivas rebeliões executadas por facções criminosas, Alexandre de Moraes assemelha-se a 1 delirante que assiste a Feios, Sujos e Malvados, de Ettore Scola, mas sai do cinema jurando ter visto La La Land, o musical contemporâneo de Damien Chazelle. Moraes é inepto, inapto e precisa ser interditado. Os caranguejos, contudo, escondem isso do chefe.

No recuo da maré os caranguejos também parecem ter invadido o Congresso Nacional e sentem-se em casa no Salão Verde da Câmara dos Deputados. Ali, onde se urdiu a queda do regime anterior sob o comando de Eduardo Cunha, e onde se viabilizou a costura parlamentar responsável por conferir trégua a Michel Temer e produzir vitórias legislativas que deram fôlego ao atual regime mesmo sob o sol incinerador de reputações da Lava Jato com Rodrigo Maia, há prenúncio de tempestade.

Maia deve vencer a disputa para o comando da Câmara. Mas a ilegalidade de suas manobras eivará de ilegitimidade o novo mandato na Presidência da Casa e isso o enfraquecerá no jogo parlamentar. O segundo mandato dele será uma sombra pálida do primeiro e as concessões já feitas para viabilizá-lo trarão, a médio prazo, mais problemas do que soluções para o governo. Na lama do Congresso os vagalumes vêm sendo vencidos pelos caranguejos. Maia não compreendeu ainda que a praia larga por onde passeia hoje, exibindo seu caminhão de votos, é sinal dos vagalhões do tsunami vindouro.

As Pollyanas palacianas aprenderão a decifrar os sinais –na marra, mas aprenderão.
A tensão social, hoje tão perceptível no ar de Brasília como o odor de ozônio que corta a maresia em meio às tempestades litorâneas de relâmpago, avisa: o desemprego, cuja escalada explosiva não se encerrou e está longe disso seguirá em alta até maio, pelo menos e é o indicador mais marcante a ser perseguido e debelado. 

A queda da inflação é reflexo da estagnação econômica e a redução da taxa de juro básico da economia, mesmo bem-vinda, não será capaz de conter o deslocamento das calotas políticas. Elas estão em rota de colisão. 1 desarranjo social poderá ser o catalisador de todos os elementos que tornam pesado o ar de Brasília nesse janeiro de 1 verão tão inusitado.

Quando o céu cair as andorinhas desse arremedo de profecia dirão que fizeram verão. Os caranguejos morrerão afogados na lama. E os vagalumes voarão para iluminar outras pontes sob a acusação de que só lançam luzes para engenharias de obras feitas.

Foto de: José Cruz/Agência Brasil - 

Meme do dia...




Direto do Facebook...

domingo, 15 de janeiro de 2017

Submissão e traição...

Texto de André Araújo publicado originalmente no Jornal GGN que mostra que hoje não passamos de mera colônia americana. É leitura imprescindível e fica o registro para a História: 

Departamento de Justiça dos EUA, xerife do Brasil

Por André Araújo
Dos comentaristas do blog, sou o que menos pode ser acusado de anti-americanismo. Nasci alimentado pelo governo dos EUA, meu pai era funcionário da Rubber Reserve Company em Manaus durante a Segunda Guerra e o supermercado da companhia era abastecido diariamente por hidroaviões que vinham de Miami. Minha mãe passou toda infância e adolescência nos EUA, tenho seis primos irmãos americanos natos, irmã, sobrinhos, cunhado, tios e tias morando lá, a maior parte da minha família tem raízes  nos EUA desde o século XIX, comecei minha vida no CitiBank, fui depois executivo principal de filiais brasileiras de multinacionais americanas. 
Não tenho portanto viés anti-americano o que me dá legitimidade para enxergar uma situação anômala, absurda, esdrúxula que está ocorrendo em um quadro que significa a colonização do Brasil pelos Estados Unidos em um grau que jamais ocorreu nos quase dois séculos de existência do Estado brasileiro, situação que parece não incomodar minimamente o Governo, a mídia e a sociedade brasileira, pelo menos naquela que deveria ser  a consciência de Nação. 
Como é possível que o Departamento de Justiça dos EUA tenha jurisdição inexplicável sobre empresas e cidadãos brasileiros sobre fatos ocorridos no Brasil entre brasileiros ou ocorrida em terceiros países entre brasileiros e governos daqueles países? Onde entra os EUA aí? Quem conferiu ao Governo dos EUA autoridade sobre empresas e cidadãos brasileiros que praticaram delitos de corrupção no Brasil  ou na América do Sul? Com base em que tratado o Departamento de Justiça pode processar e aplicar penas e multas a pessoas físicas e jurídicas brasileiras, cobrando valores bilionários que ficam como lucro para o Tesouro dos EUA? Tomam esse dinheiro a título do que? Prejuízos aos EUA?  Que prejuízo os EUA tiveram com corrupção no Brasil ou no Peru ou no Equador?
São delitos que não foram cometidos nos Estados Unidos e que não prejudicaram nem o Governo americano e nem seus cidadãos, nem suas empresas, então estão querendo dinheiro em função do que? O Brasil está indenizando qual dano aos EUA?
A Lei Foreing Corrupt Practices Act de 1973 é uma lei americana e não uma lei universal, não pode ser exportada para outros sistemas jurídicos. Há ordenamentos jurídicos internacionais visando combater corrupção, terrorismo, tráfico de drogas, tráfico de armas, de pessoas, de animais, mas esses ordenamentos são de entidades supranacionais e não de um País e, mesmo assim, não se auto-aplicam, é preciso que cada sistema jurídico de cada país recepcione esse ordenamento internacional. 
A Lei FCPA não é um ordenamento internacional, é uma lei americana e só vale para empresas americanas ou lá sediadas, não se aplica ao mundo e a países que tem legislação própria. Mas os EUA estão entendendo que sua lei vale para o mundo inteiro, o pior é que tem países, poucos aliás, que aceitam esse delírio, e o Brasil é um deles. 
Não vi outros países entrando nessa conversa. Não é o caso de empresas estrangeiras que tem extensas operações nos EUA, como Volkswagen, Alstom e Siemens, nesse caso a lei americana se volta a quem tem subsidiárias importantes nos EUA e, a partir dessa base, a lei se aplica, porque fatos e delitos ocorreram dentro dos EUA ou a partir dos EUA.
Ao que tudo indica, no Brasil, porque ninguém conta a história toda, não se sabe como se formou o processo na Divisão Criminal do Departamento de Justiça, não se sabe bem por quem ou porque esse caso foi parar em Washington, ou porque as empresas brasileiras estatais e privadas viraram caça livre dos procuradores americanos, quando não se vê empresas mexicanas, argentinas, peruanas ou muito menos africanas, árabes e asiáticas sendo alvos do citado Departamento.
Porque só as empresas brasileiras seriam pecadoras?  A Odebrecht sequer é empresa com ações em bolsas americanas, tem obras nos EUA mas essas obras não tem relação com seus negócios em outros países ou no Brasil, e portanto não há razão alguma para ser processada pelo Governo americano. 
A Odebrecht não subornou funcionários americanos, não cometeu delitos em obras públicas dos EUA, o que tem a ver o Departamento de Justiça com a Odebrecht no Peru? 
Essa intromissão do Departamento de Justiça está baseada em que princípio legal se a empresa, os executivos, os fatos não aconteceram nos EUA? Refiro-me aqui EXCLUSIVAMENTE sobre os processos do Departamento de Justiça por infração a Lei Foreing Corrupt Practices Act de 1973, não me refiro a processos civis de acionistas e nem a processos por jurisdição eleita da Securities and Exchange Commission (SEC), em casos em que as empresas aceitam previamente o julgamento de tribunal americano.
Pessoas leigas, mesmo jornalistas, não entendem essas diferenças e misturam os contextos, são casos completamente diferentes, por causa da listagem em bolsa americana de suas ações, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) tem jurisdição válida sobre empresas brasileiras que tem ações na bolsa de Nova York e pela mesma razão acionistas minoritários americanos podem recorrer a tribunais americanos contra essas companhias. 
Não é o caso do Departamento de Justiça, que estou a tratar aqui por considerar inexistente jurisdição extraterritorial americana sobre casos ocorridos fora dos EUA. 
O fato é que não há base legal alguma a não ser a vontade desse Governo em controlar atividades de grandes empresas estratégicas não americanas mesmo que não tenham raízes nos EUA. 
Não há base no Direito Internacional, não há base em Tratados, o chamado Acordo de Cooperação Judiciária Brasil EUA de 2001 não dá nenhum amparo para extensão de jurisdição extraterritorial e, mesmo que fosse possível, há uma cláusula de imunidade que pode ser invocada pelo Estado brasileiro para temas de "interesse essencial" de cada Estado.
O Acordo é para um Estado pedir colaboração a outro, não é para um invadir território jurisdicional do outro contra a vontade deste. Essa extensão jurisdicional sobre empresas e pessoas estrangeiras pode ser tentada pelo Governo dos EUA, mas não há porque ser obedecida, a tentativa teria que ser in limine rejeitada pelo Governo do Brasil inclusive com apelo à Corte Internacional de Haia para firmar limites. A própria tentativa de processar pode não ser aceita por ser ilegal e deve ser resistida.
No caso da Petrobras, Embraer e Odebrecht o processamento e aplicação de multa não tem base legal e deveria ter sido rejeitada porque os fatos se passaram fora dos EUA e este País não tem jurisdição sobre esses fatos. Como é possível o Departamento de Justiça cobrar indenização sobre delitos praticados em terceiros países pela Embraer e Odebrecht e ficar com essas multas ao invés de repassá-las para esses países prejudicados?  
A que título o Governo americano cobra e retém esses valores, se o Governo americano não foi atingido ou prejudicado por essa corrupção? Trata-se então de polícia do mundo? Também é polícia da China, da Rússia? Ah, aí não, porque eles não deixam. 
É possível a criatividade do Departamento de Justiça inventar jurisdição a partir de qualquer liame arbitrário, porque usou dólar, porque usou banco americano, porque usou a internet, porque o executivo tomou Coca-Cola, eles são criativos para jogar sua malha pelo mundo. 
E não me venham com tecnicalidades. Amigos e parentes que são sócios de escritórios de advocacia "globalizados" me retrucam: "Ah mas lá a lei se aplica a tais casos”. E daí? Conteste-se, sempre contestar, não precisa abaixar a cabeça, cada lei tem mil interpretações, os procuradores americanos podem achar qualquer coisa, mas a parte contrária tem que contestar sempre, especialmente contestar a jurisdição da lei americana sobre casos ocorridos no exterior. 
Já contei aqui o caso da subsidiária francesa da Dresser Industries, uma multinacional americana que foi impedida por Washington de fornecer compressores para gasodutos russos que tinham como destino a Alemanha. O Governo francês nacionalizou a filial francesa da Dresser para manter o contrato com a Rússia. A postura do Governo do Brasil nessa questão parece partir do princípio que é uma questão privada das empresas e que não diz respeito ao governo brasileiro, por essa razão sequer o Itamaraty tomou defesa das empresas brasileiras, como faria qualquer chancelaria do mundo. 
Quando o Presidente Temer esteve no Japão, em Setembro, a primeira manifestação viva voz do Primeiro Ministro japonês foi a de protestar pelo envolvimento de empresas japonesas na Lava Jato. O dirigente nipônico estava visivelmente contrariado e fez a mais enfática defesa das empresas de seu País. 
A postura do governo do Brasil, não só o presente governo mas também o governo passado, de não se envolver, é incompreensível. Não é uma questão privada, é uma questão de Estado. Parece que o governo do Brasil não tem noção clara do que é um Estado nacional.
Ainda que se pudesse defender que é um problema privado no caso das empreiteiras, no caso da Petrobras o interesse do Estado brasileiro é direto, é o seu patrimônio, reputação e futuro em jogo, é um confronto de jurisdições e isso diz respeito ao Estado. 
Quando eu era CEO de uma subsidiária de multinacional americana no Brasil, recebia declarações para assinar obrigando a cumprir o embargo a Cuba e cumprir a FCPA, quer dizer, um brasileiro ser obrigado a cumprir a lei americana no Brasil, se não assinasse estava fora.
Esses "sistemas" de extrapolação de jurisdição é portanto coisa antiga e só tem aumentado, mas o governo de um grande País pode brecar essa tentativa por ser ilegítima, mas, para isso é preciso querer e é coisa de governo, empresa e indivíduos isolados não tem meios de enfrentar, é uma questão de governo. 
Ao final da Segunda Guerra havia 1.200.000 soldados americanos na Inglaterra, à espera da invasão do continente europeu. O Exército americano queria aplicar a lei americana de segregação racial que impedia que soldados negros (a maioria dos soldados eram negros) frequentassem bares onde estavam soldados americanos brancos, a PE americana entrava no bar e arrastava para fora os soldados negros. 
Isso gerou enorme conflito com o sistema judicial britânico que disse ser inaplicável no Reino Unido uma lei americana mesmo entre americanos, os juízes ingleses baterem de frente e impediram essa aberração, o fato é muito conhecido e mostrou como os americanos querem exportar suas leis para o mundo inteiro. 
Ao fim houve um protesto duríssimo do Rei Jorge VI que disse não admitir segregação racial no território inglês com guerra ou na paz. 
As tentativas de extensão de leis americanas para o resto do mundo podem ser resistidas e os próprios americanos esperam contestações a esses avanços, parece que o Brasil tem vergonha de contestar, talvez porque ache deselegante ou antipático, afinal se cumprirem direitinho as leis americanas serão elogiados e convidados para drinks no happy hour. 
O Governo do Brasil errou profundamente quando não reagiu liminarmente à prisão de Jose Maria Marin na Suíça. Mesmo com sua péssima folha corrida, Marin representava naquele evento e momento o país Brasil. Não poderia ser preso pelo FBI da forma que foi, sem qualquer protesto do Governo do Brasil, preso sem processo, sem condenação, sem acusação formal, com qual autoridade foi preso?  Detentor de passaporte brasileiro, alguma proteção esse passaporte deveria oferecer-lhe. 
Foi esse o primeiro ato de extrapolação jurisdicional do Departamento de Justiça, que passou batido e os estimulou a maior ativismo ainda. Lembro como a mídia brasileira soltou rojões com a prisão de Marin, sem perceber o princípio em jogo e não a pessoa de Marin. 
Quando se rompem princípios, os danos vem depois e é o que está acontecendo, agora os brasileiros tem que trabalhar, exportar muita carne para os EUA para gerar dólares para pagar multas indevidas ao Tesouro americano. 
O caso FIFA é emblemático. Os EUA não tem nenhum envolvimento com o futebol, mas percebendo que é o esporte de maior número de torcedores no mundo, sonham em controlar o "negócio" do futebol através de uma corporação com ações listada na Bolsa de Nova York. 
Como disse o cientista político Paul Boniface, presidente do Instituto Francês de Relações Internacionais, o que eles querem é o "negócio" da FIFA, todas as ações americanas tem no final um objetivo de "business", é da História americana, como disse o Presidente dos EUA na década de 20, Calvin Coolidge, o negócio dos EUA é "fazer negócio", está na alma do País para o bem ou para o mal, atrás de todo movimento há um objetivo econômico. 
Essa intromissão descarada e aberta do Governo americano nos interesses brasileiros nunca houve antes nessa forma tão esdrúxula.Faz lembrar o passado colonial dos juízes de capitulações em Shangai e em Alexandria, quando a China e o Egito, subjugados à potencias imperialistas, aceitavam juízes estrangeiros em seu território com jurisdição sobre causas onde estivessem envolvidos seus nacionais. 
No caso da Odebrecht e Embraer é ainda pior, não há americanos envolvidos nos casos de corrupção, como então admitir procuradores americanos processando causas onde não estão em jogo interesses dos EUA? Quem os chamou e porquê? Como é possível o Brasil, suas classes dirigentes, sociedade, forças aramadas, aceitarem essa jurisdição sobre interesses brasileiros, sem protestar ou, pior ainda, aceitando e gostando?

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Uma bela sugestão...

Carnaval chegando...


Taí uma boa marchinha

Uma guerra nas estrelas...

Melhor que o do Hitler...

Lava Jato que não pune PSDB ganha paródia de Star Wars

247 - Depois do grupo humorístico Porta dos Fundos, que simulou uma delação premiada em que procuradores da Lava Jato chegam a bocejar quando ouvem nomes de políticos tucanos envolvidos em irregularidades (relembre aqui), a impunidade do PSDB levou a uma paródia do Star Wars.
No diálogo do vídeo, Darth Vader fica sabendo que saiu a lista de seus "amigos do PSDB" e mostra sua ira, especialmente quando é informado de que Aécio Neves é o mais citado, e que José Serra, Geraldo Alckmin e Michel Temer também estão envolvidos. A raiva só aumenta quando
 ele ouve a pior das notícias: Lula subiu nas pesquisas.

Link para o vídeo:  http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/274991/Lava-Jato-que-n%C3%A3o-pune-PSDB-ganha-par%C3%B3dia-de-Star-Wars.htm

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

A pinguela e a dúvida...

O "Jornal Nacional" da Rede Globo de Televisão noticiou com destaque na noite desta quarta feira, que o "ministro" Blairo Maggi foi incluído por um juiz do Mato Grosso em processo que apura corrupção na venda de cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas daquele Estado. Ainda que tenha foro privilegiado, a simples acusação já basta para colocar sob suspeição o ex-governador e atual chefe da agricultura do desgoverno do #FORATEMER








Será Blairo Maggi o próximo a cair da pinguela????

E os "jenios" de Curitiba fracassaram...

Louvados por salvadores da Pátria, incensados pela grande mídia, destacados em panelaços e passeatas, os procuradores do Ministério Público Federal ligados à malfadada Operação Lavajato são desmascarados por um juiz do Tribunal Regional Federal e contestados em dados e números por Rogério Maestri em artigo imperdível publicado pelo Jornal GGN, hoje uma das melhores fontes informativas da Internet.

O MPF trabalhou para inocentar a Galvão Engenharia!

  Rogério Maestri

Voltando dois anos ao passado, o MPF trabalhou para inocentar a Galvão Engenharia!

Tenho um hábito que adquiri lendo várias dezenas de trabalhos que meus alunos entregavam todos os semestres, lê-los! Lia ao ponto de verificar que trabalhos executados um ou dois anos antes eram plagiados pelos alunos, recebendo os mesmos a devida pena, ZERO.

Pois lá em fevereiro de 2015, li com cuidado os documentos fornecidos pelo Ministério Público Federal de Curitiba, que se tratavam naquele momento da denúncia contra a Galvão Engenharia, o documento no qual me baseie o meu artigo em 28/02/2015, pode ser encontrado em  http://www.mpf.mp.br/pgr/copy_of_pdfs/AIA_GALVAO%20assinada.pdf/at_download/file , deixando de lado toda e enrolação que os promotores colocavam no início do sua denúncia fui exatamente no que interessa, as provas sobre o superfaturamento que resultariam em tese das propinas pagas aos diretores da Petrobras, no caso Paulo Roberto Costa.

Fazendo uma pesquisa detalhada nas planilhas apresentadas no documento em questão cheguei à conclusão que: “O Ministério Público preparou a defesa da Galvão Engenharia!”.

Por que desta paradoxal conclusão que apresentava o artigo? Simplesmente porque ao longo de toda a denúncia não há nenhum fato ou observação que provasse que o dinheiro pago ao Diretor Paulo Roberto Costa configurasse um “superfaturamento” ou “um pagamento indevido da Petrobras a Construtora”.

Ops, leram bem os trechos destacados acima? Se leram podem agora acreditar não só naquele que os escreve mas também no Juiz Federal da FRIEDMANN ANDERSON WENDPAP, Juiz Federal do TFR da 4ª Região (http://s.conjur.com.br/dl/propina-lava-jato-nao-significa-dano.pdf) onde elste deixa claro na página 19 da sentença que:

"3.2. Vale dizer: como dispõe a norma, é necessário que haja prova do dano ao erário para condenar o sujeito ativo que praticou o ato ímprobo. Logo, se necessária a prova do dano, também necessária é a delimitação do dano na petição inicial." Que em português corrente quem mata a cobra tem que mostrar o pau, e como o MP não provou o dano ao erário público não tem nada a ser reclamado.

Também o mesmo juiz coloca no fim do seu despacho as seguintes interrogações que passo a coloca-las as cinco primeiras.

II.2. Pontos controvertidos

Dirimidas todas as questões prévias aventadas no processo, passo a delimitar alguns dos pontos controvertidos, sem prejuízo do futuro aprofundamento da cognição judicial:

a) a Galvão Engenharia teria composto o cartel de empresas destinado a participar das licitações de grandes obras da Petrobras?

b) a partir de que ano a Galvão Engenharia teria ingressado no cartel?

d) em qual período teria havido pagamento de vantagem indevida pela Galvão Engenharia? Como teria ocorrido eventual pagamento dessa vantagem indevida, por contratos de consultoria e/ou por dinheiro em espécie?

e) qual seria o plexo de atribuições da função exercida por Paulo Roberto Costa? Esse conjunto de atribuições propiciaria que o agente público praticasse atos omissivos/comissos para favorecer o cartel?

Alguém pode dizer que há outra ação porém pelo andar da carreta as dúvidas levantadas pelo juiz citado mostram exatamente os pontos básicos das conclusões do meu artigo de dois anos atrás.

1)      Existiu Cartel? (a e b)
2)      Se existiu este Cartel como foram pagas as vantagens indevidas? (c)
3)      Quais os atos feitos pela construtora que configurariam uma omissão que favorecesse o Cartel? (e)
Talvez aqui fique claro do porque de meu artigo no passado, mas para quem não compreendeu vou explicar de novo.

Para que fique claro uma propina dada a um agente público tem que achar o que de ilícito a propina cobria, por exemplo, se é feita uma obra pública dentro do orçamento devido só será considerado uma propina ao agente público se houver itens desta obra que não foram executados de acordo com o previamente tratado. É o mesmo caso que se condenar alguém por um assassinato sem que haja o mínimo conhecimento de onde está ou esteve o cadáver.

O básico de tudo é que estes Procuradores, que pelo visto além de não saber procurar não acham nada, não fizeram o que era o mais importante neste caso, perícias técnicas!

E tem o mais grave de tudo, como o caso não se sustenta, os delatores da Lava-jato poderão dizer que foram coagidos a darem respostas nas direções desejadas nos seus interrogatórios e juntando a isto a falta de provas no Cível da existência dos vários crimes teremos daqui por diante serão IMENSOS PROCESSOS contra a União que a partir da incapacidade destes procuradores.
Escrevo este artigo, pois na época fui tremendamente criticado por alguns, pela petulância de questionar a “imensa sabedoria” dos imberbes procuradores, pois agora se vê o resultado, e na mesma época sofri acusações do tipo que os procuradores deveriam ter mais provas, o que está sendo mostradas que elas não existem, ficando somente com a chamada prostituta das provas, as provas testemunhais, que serão duplamente prostitutas, pois serão testemunhais e obtidas mediante intimidação.

O Brasil que se f...

Uma notícia de hoje mostra que Pedro Parente, o tucano colocado na Presidência da Petrobras pelo #FORATEMER, está ali apenas com uma missão: acabar de vez com a companhia e ferrar o Brasil. 

Pela notícia, a companhia vai licitar obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro APENAS entre empresas estrangeiras que poderão seguir com as obras orçadas em 2,2 bilhões de reais usando seus trabalhadores, os fornecedores de seus países, sem contratar brasileiros. 

Para Pedro Parente, convocar estrangeiros, é normal: todo mundo é igual...

Petrobras convida somente empresas estrangeiras para licitação do Comperj

 

Jornal GGN - Nesta quarta-feira (11), a Petrobras anunciou que quer retomar as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí (RJ). A empresa lançou concorrência no valor de R$ 2 bilhões e convidou 30 empresas, todas elas estrangeiras. 
Segundo Pedro Parente, presidente da companhia, a Petrobras não faz distinção entre empresas nacionais e estrangeiras, mas afirmou que as grandes construtoras brasileiras estão impedidas de participar da licitação em razão da Operação Lava Jato. 
As obras do Comperj foram interrompidas em 2015, quando a empreiteira Queiroz Galvão, umas das investigadas na operação, disse que o valor acertado com a Petrobras não cobriria os custos, rompendo o contrato.

A recaída...

O  historiador e cientista político Roberto Bitencourt da Silva fez uma análise realista da atual situação brasileira, chegando a conclusões que aos poucos começam a permear o pensamento social, embora ainda sem força bastante para levar o povo às ruas. 



É uma boa análise: 

Habitualmente, no Brasil, quando um novo modelo econômico, regime de acumulação capitalista e forma de (re)inserção na divisão internacional do trabalho se instaura, a tendência tem sido há décadas uma maior concentração de poderes da União.

Isso seja em que regime político formal for e a despeito da visão de país. O estatismo industrializante, autoritário e com leis trabalhistas de Getúlio Vargas, nos anos 1930-40; o alinhamento americanófilo, antipopular e o incremento da dependência externa com Castello Branco e demais militares conservadores e tecnocratas em 1964; assim como o neoliberalismo financista, privatista e lesa pátria de Fernando Henrique Cardoso, em 1995. Eis alguns exemplos caros.
 Em que pesem as suas nítidas diferenças a respeito dos respectivos projetos de país, precisamente por serem conduzidos por perspectivas de mudanças nacionais drásticas, adotaram acentuado controle e alinhamento dos estados às diretrizes do governo federal.


No atual caso aberto pelo espúrio Michel Temer, o incremento do neocolonialismo, da semiescravidão dos trabalhadores e da redução de serviços públicos é o que se busca instalar. Uma nova etapa do golpe, que pode também ser considerada um estágio avançado da era FHC. Não gratuitamente, tucanos participaram abertamente do golpe e apoiam o ilegítimo governo Temer. (grifo nosso)


Texto completo em: http://jornalggn.com.br/blog/roberto-bitencourt-da-silva/a-renegociacao-das-dividas-dos-estados-como-nova-etapa-do-golpe-por-roberto-bitencourt

Papai Noel, duendes e sacis...

O Palácio do Planalto divulgou hoje os índices de inflação de 2016 celebrando uma hipotética margem de 6,29% de aumento no ano passado, "mais uma conquista" da administração do #FORATEMER...

Tão logo esses números obviamente maquiados foram levados à mídia que compactua com o desgoverno  golpista, surgiram na rede os memes a respeito, o melhor deles listando os produtos que ajudaram a baixar a inflação em comparação com os que mais aumentaram os índices. 






(*) curiosamente os seis primeiros produtos listados fariam parte do abastecimento do Aerogolpe o avião presidencial da trupe de usurpadores. Os demaism segundo se informam teriam sido informados pelo gabinete do Elizeu Quadri..., quer dizer Padilha


Só rindo mesmo,  para não chorar...

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

O vexame do golpista...

Depois de ir escondido ao velório das vítimas da queda do avião da Chapecoense, participar de cerimônias praticamente isolado por uma segurança cada vez mais truculenta no Nordeste e no Rio Grande do Sul, o golpista Misshel Temer protagonizou agora um vexame internacional com sua ida relâmpago ao velório de Mário Soares em Portugal. 

Partindo de forma repentina, acompanhado de dois expoentes do reacionarismo nacional - Gilmar Mendes e José Sarney - o golpista chegou a Lisboa de madrugada foi ao velório por cinco minutos, fez uma saudação de 2 minutos e dez segundos saiu correndo e voltou ainda mais às pressas ao Brasil. 

Sem considerar a estranha ausência de Gilmar Mendes nas homenagens ao líder português, sob a alegação de uma labirintite, fica no ar uma questão: afinal o que o sinistro do Supremo foi fazer a bordo do AeroGolpe na ida a Portugal a não ser conchavos políticos com essas figuras tenebrosas de Sarney e Temer? 

Como saldo dessa aventura fica o vexame de um representante do Brasil que tem medo das manifestações e corre rapidamente de qualquer aparição pública. 

O Portal Brasil 247 explica a razão da correria desenfreada do #FORATEMER em Portugal: 

PODER

           Temer é alvo de escracho em Portugal




:




Grupo do "Coletivo Andorinha - Frente Democrática Brasileira de Lisboa" fez um protesto em frente ao hotel onde Michel Temer está hospedado em Lisboa, para onde viajou a fim de participar das cerimônias fúnebres do ex-presidente português Mário Soares; manifestantes denunciaram, aos gritos, que "um golpista" faria "parte de um funeral de um democrata chamado Mário Soares"; "Ele não representa a democracia", disseram; quando Temer deixou o hotel, ouviu gritos de "golpista" e fez sinal de joia para o grupo; vídeo

E mais: 


MÍDIA

George Marques: autoridades da República já não ligam para o decoro ou a falta dele





Jornalista comenta a inclusão do ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE e responsável por pautar o processo que pode cassar Michel Temer, na comitiva que viajou para Portugal nesta terça-feira; "Vale lembrar que Temer tenta emplacar no TSE uma pedalada jurídica para que apenas a ex-presidente Dilma seja condenada no processo e ele seja absolvido e continue livre, leve e solto na presidência até 2018. São essas as instituições brasileiras que estão realmente funcionando?", pergunta 

MUNDO

Membro de comitiva, Gilmar Mendes não é visto em funeral de ex-presidente




Carlos Humberto/SCO/STF : <p>gilmar mendes</p>
Apesar de integrar a comitiva que embarcou com Michel Temer rumo a Lisboa, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, não foi visto na cerimônia fúnebre do ex-presidente português Mário Soares; Gilmar também não participou da reunião com o presidente português e da qual participaram Temer e Sarney; Presidência da República não informou se Gilmar participou de alguma forma dos eventos fúnebres realizados em Lisboa
 

Justiça de castas...

O ex-ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff, Eugênio Aragão faz candente condenação do Judiciário brasileiro - aí incluídos juízes e o Ministério Público - no caso dos massacres em presídios no Norte do País. 

Diz Aragão em trecho de sua análise: 



"A casta judicial e a do ministério público são os maiores responsáveis, com seu cego punitivismo, pela tragédia que já há muito se anunciava: como as prisões não lhes dizem respeito, seguem entupindo-as com o “lixo humano” até o sistema enfartar. A saída da crise pressupõe, pois, mudança de atitude dos órgãos empenhados na persecução e jurisdição penais, carentes de uma política criminal que os faça priorizar alguns ilícitos sobre outros e não fingir que obedecem cegamente ao princípio da obrigatoriedade da ação penal, sem distinção. Precisam ter consciência de que não é mais possível tolerar seu descaso diante da proporção de 80% dos presos sem condenação, no aguardo da justiça andar. Para dar conta de sua carga, não devem se refugiar na desculpa de que estão sobrecarregados. Juízes e membros do ministério público, no Brasil, mui bem remunerados, não têm horário de expediente controlado e nem sempre se ocupam oito horas diárias com seus processos. Que se mude seu método de remuneração e se pague por metas de produtividade, para vermos se os processos não andariam mais rápidos! Não se duvide de que isso seria capaz de mudar a cultura de trabalho e adequaria os agentes a orientações de instâncias superiores, até como meio de cultivar a economia processual. Deixariam de ser luminares, para efetivamente serem parte de uma engrenagem articulada que oferecesse aos cidadãos segurança jurídica."

Imediatamente nos vêm à mente uma pergunta: que fim levou o sr. José Dirceu com sua prisão sem provas na Operação Lavajato? 



 







É esta mais uma prova das prisões preventivas sem tempo para acabar, bem aos moldes das que previam as Ordenações do Reino do Brasil Colonial.  

 

Texto completo em:  http://jornalggn.com.br/noticia/aragao-por-que-%E2%80%9Cgoverno%E2%80%9D-temer-nao-tem-tutano-para-enfrentar-crise-penitenciaria

Previdência: uma farsa do golpe

Há bem tempo se sabe que o Orçamento da Seguridade Social do governo central não é deficitário considerando todas as verbas orçamentárias destinadas ao Sistema e a contribuição obrigatória pela Constituição do governo federal no sistema tripartite que compõe a Previdência Social no Brasil.

Mesmo assim, o desgoverno do #FORATEMER insiste na existência de um "rombo" nas contas das aposentadorias que levaria o Sistema à falência.

Este texto, publicado pelo Portal Rede Brasil Atual mostra a farsa espalhada por Temer e seus capangas no assalto ao governo da União:

versões

Especialistas desmentem propaganda oficial da reforma da Previdência

Em material veiculado na TV e nas redes sociais, governo Temer defende que o INSS está com o caixa no vermelho, mas argumento é contestado

por Redação RBA  
 
reprodução/TVT
reforma
Propaganda enganosa: fontes de recursos da Previdência não se restringem às contribuições dos empregados

São Paulo – Em propaganda que defende a reforma da Previdência, que está sendo veiculada na TV, no rádio e em jornais de todo o país, o governo Temer insiste na tese de que a reforma é a única saída para salvar a aposentadoria dos trabalhadores. "Ou reforma a Previdência, ou ela quebra", diz um dos slogans da campanha. 

 Especialistas, contudo, contestam e afirmam que o propalado rombo, na verdade, não existe.Eles destacam que a Previdência tem outras fontes de recursos, como tributos pagos pelas empresas, taxações de importações e até loterias, como a mega-sena, não ficando restrita apenas às contribuições dos trabalhadores. 

"As contas da Previdência têm que incluir todas as verbas, recursos e impostos que vão para a seguridade social. Isso não indica que a Previdência está no vermelho. Ao contrário", afirma o diretor-executivo da CUT Júlio Turra, em entrevista à repórter Vanessa Nakasato, para o Seu Jornal, da TVT.

"Se se incluir o conjunto dos recursos que deveriam ir para a seguridade social, a Previdência está no azul, porque ela não depende, simplesmente, da contribuição dos trabalhadores e dos empresários", diz Turra.

Para Miguel Horvath Junior, professor de Direito Previdenciário da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, uma das provas de que a Previdência não está quebrada é a ampliação de 20% para 30% da Desvinculação de Receitas da União (DRU), que permite ao governo gastar livremente esse percentual das contribuições sociais que deveriam ir para a seguridade social, que reúne as áreas da saúde, assistência e previdência. "Ora, não se tira recursos de onde não se tem. Já era 20%, e passou a ser 30%. Isso também é algo difícil de se explicar", contesta o professor.

Eles também contestam o argumento do governo de que a reforma da Previdência vai gerar empregos e aquecer a economia. "Impossível que uma reforma que aumenta o tempo de trabalho gere emprego. Porque o cara não vai sair do emprego, abrindo a vaga para os mais jovens depois de 35 anos de contribuição. Sairá depois de 49 anos de contribuição. Isso reduz a oferta de emprego, ao contrário de ampliar", diz o sindicalista.

Já o professor Horvath Junior prevê até mesmo crescimento da informalidade. "Não consigo entender como a reforma da Previdência pode movimentar a economia. Pode ser que, com essas regras bem rígidas, haja também a possibilidade de um aumento de atividade informal. E com isso, em vez de se obter uma maior arrecadação, por parte da Previdência, pode haver uma diminuição dessa base de arrecadação."

Pedagogia moderna...

Nos idos do Golpe de 1964, instituiu-se no currículo básico comum das escolas brasileiras a disciplina da educação Moral e Cívica como forma de abrir aos estudantes campo para absorção do que viria depois com o "Brasil, Ame-o ou Deixe-o". 

Todo educador sabe bem o valor da integração do ensino entre as diversas matérias, com o uso simultâneo de conceitos de uma em outra das disciplinas ensinadas como por exemplo, lições de português junto a conceitos de outra disciplina. 

Como já falamos sobre a Internet, um meme interessante junta conceitos do ensino da nossa língua e os da velha Moral e Cívica para dirimir dúvidas sobre uma das mais instigantes questões do português: as diferenças entre o uso de por que, por quê, porquê e porque. Veja só 


É assim que se aprende ao mesmo tempo, português e Moral e Cívica.