quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

A lei de Murphy e o #FORATEMER

Criada pelo engenheiro espacial Edward Aloysius Murphy em 1949 e incorporada aos princípios da administração, a chamada "Lei de Murphy" pode ser resumida no princípio de que tudo aqui que pode dar errado, dará...

Pois não é que o desgoverno do #FORATEMER resolveu desafiar a própria Lei de Murphy ao decidir dar às Forças Armadas o papel de vigia de cadeia, desviando Exército, Marinha e Força Aérea de suas missões constitucionais, formação e treinamento que envolvem a defesa do País e das suas Instituições para fazê-los mero agentes de uma administração completamente sem rumo?  

Partyida de um "governo" completamente antinacional, entreguista mesmo, envolvido até a medula na corrupção, com índices insustentáveis de popularidade, autor de medidas que afetam profundamente o senso profissional das Forças Armadas, a decisão, como ficou claro no discurso do golpista-chefe, visa apenas e tão somente transferir o prestígio das Forças ASrmadas para o Palácio do Planalto. 

Não bastassem os cortes de verba nos programas de reequipamento das FFAA, especialmente os de misseis e blindados do Exército, do Pro-Sub de construção de submarinos da Marinha e de reequipamento geral da FAB, agora o desgoverno quer que militares treinados para o enfrentamento no limite máximo do uso da força para vigiar cadeia. 

Não vai dar certo, com certeza. 

Sobre isso, Tereza Cruvinel escreve hoje no Portal Brasil 247: 


Uso das Forças Armadas nos presídios desagrada bases militares





Além de inconstitucional, por ferir a missão institucional das Forças Armadas, a decisão do governo de utilizá-las na fiscalização de presídios desagradou profundamente a base militar, ainda que os comandantes não tenham se manifestado em qualquer sentido. Na oficialidade intermediária, segundo fonte militar ouvida pelo 247, a medida mais uma vez “humilha” as Forças Armadas impondo-lhes tarefas que fogem à sua missão de zelar pela segurança nacional em relação a ameaças externas. Elas foram usadas intensamente para controla favelas, como no caso da Maré, no Rio, onde ficaram mais de um ano. 

Esta fonte indicou-nos a revista Sociedade Militar, uma publicação militar online  que não tem natura oficial ou institucional mas reflete o sentimento dos militares. Ela publicou artigo nesta quarta-feira em que critica e reclama da medida tomada por Temer, visando muito mais o aumento de sua rarefeita popularidade do que a efetiva superação da crise, que exige mais que fiscalização dos presídios por militares equipados, ainda que não liderem com presos, o que seria a “suprema perversão”, no dizer do militar.

No dia 10, o site da revista já havia antecipado que o governo Temer pensava em “jogar sobre os ombros” das Forças Armadas a crise penitenciária.

Veja o artigo. O site da revista é www.sociedademilitar.com.br

“A REVISTA SOCIEDADE MILITAR antecipou na semana passada que o primeiro passo para jogar nos ombros dos militares a crise carcerária já havia sido dado. A MINISTRA presidente do SUPREMO,  ao solicitar auxilio das Forças Armadas para uma recontagem de presos,  abriu as "portas" para o que certamente viria depois.

Pois é, aconteceu.

Hoje, 17 de janeiro de 2017, o Presidente da República anuncia mais uma carga para os já sobrecarregados e maus pagos ombros dos militares das Forças Armadas, a segurança dos presídios estaduais.

Depois das cenas de terror das últimas semanas, onde se conprovou que há marginais sem qualquer apreço pela vida humana e, pior, que não hesitam em assassinar opositores com requintes de sadismo, como o pouco divulgado ato de "escrever" com corpos a sigla PCC no presídio do Rio Grande do Norte, a presidência da república floreia sua decisão com palavras bonitas – "pioneira e inovadora" – foram os adjetivos utilizados. Contudo, "desesperada" seria um adjetivo que retrataria melhor a determinação.

Militares das FA desde as academias e centros de instrução são preparados para eliminar os inimigos. Aprende-se a identificar o problema e solucionar da melhor e mais rápida forma possível. Atuar dentro de presídios exige uma preparação completamente diferente, com objetivos completamente diversos da atividade dos militares das Forças Armadas e, ressalta-se, com os militares sujeitos a normas e procedimentos completamente diferentes daqueles a que estão normalmente submetidos em seu dia-a-dia.

Em uma iniciativa inovadora e pioneira, o presidente coloca à disposição dos governos estaduais o apoio das Forças Armadas. A reconhecida capacidade operacional de nossos militares é oferecida aos governadores para ações de cooperação específicas em penitenciárias”, declarou o porta-voz do presidente TEMER, Alexandre Parola.

O MINISTRO Eliseu Padilha, da Casa Civil já avisou que militares das Forças Armadas serão encarregados de realizar revistas em celas.

Os comandantes militares ainda não se manifestaram sobre o assunto. Mas, ninguém espera que coloquem algum obstáculo. Conversamos com colegas do Exército, do Comando Militar do Leste e a informação recebida é de que os militares devem, se realmente usados, se ater à segurança de áreas externas e revistas de celas depois de esvaziadas, mas sem qualquer contato com os detentos.  Lamentável”










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