Há bem tempo se sabe que o Orçamento da Seguridade Social do governo central não é deficitário considerando todas as verbas orçamentárias destinadas ao Sistema e a contribuição obrigatória pela Constituição do governo federal no sistema tripartite que compõe a Previdência Social no Brasil.
Mesmo assim, o desgoverno do #FORATEMER insiste na existência de um "rombo" nas contas das aposentadorias que levaria o Sistema à falência.
Este texto, publicado pelo Portal Rede Brasil Atual mostra a farsa espalhada por Temer e seus capangas no assalto ao governo da União:
versões
Especialistas desmentem propaganda oficial da reforma da Previdência
Em material veiculado na TV e nas redes sociais, governo Temer defende que o INSS está com o caixa no vermelho, mas argumento é contestado
por Redação RBA
reprodução/TVT
Propaganda enganosa: fontes de recursos da Previdência não se restringem às contribuições dos empregados
São Paulo – Em propaganda que defende a reforma da
Previdência, que está sendo veiculada na TV, no rádio e em jornais de
todo o país, o governo Temer insiste na tese de que a reforma é a única
saída para salvar a aposentadoria dos trabalhadores. "Ou reforma a
Previdência, ou ela quebra", diz um dos slogans da campanha.
Especialistas, contudo, contestam e afirmam que o propalado rombo, na
verdade, não existe.Eles destacam que a Previdência tem outras fontes de recursos, como
tributos pagos pelas empresas, taxações de importações e até loterias,
como a mega-sena, não ficando restrita apenas às contribuições dos trabalhadores.
"As contas da Previdência têm que incluir todas as verbas,
recursos e impostos que vão para a seguridade social. Isso não indica
que a Previdência está no vermelho. Ao contrário", afirma o
diretor-executivo da CUT Júlio Turra, em entrevista à repórter Vanessa
Nakasato, para o Seu Jornal, da TVT.
"Se se incluir o conjunto dos recursos que deveriam ir
para a seguridade social, a Previdência está no azul, porque ela não
depende, simplesmente, da contribuição dos trabalhadores e dos
empresários", diz Turra.
Para Miguel Horvath Junior, professor de Direito Previdenciário da
Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, uma das provas de
que a Previdência não está quebrada é a ampliação de 20% para 30% da Desvinculação de Receitas da União (DRU),
que permite ao governo gastar livremente esse percentual das
contribuições sociais que deveriam ir para a seguridade social, que
reúne as áreas da saúde, assistência e previdência. "Ora, não se
tira recursos de onde não se tem. Já era 20%, e passou a ser 30%. Isso
também é algo difícil de se explicar", contesta o professor.
Eles também contestam o argumento do governo de que a reforma da
Previdência vai gerar empregos e aquecer a economia. "Impossível que uma
reforma que aumenta o tempo de trabalho gere emprego. Porque o cara não
vai sair do emprego, abrindo a vaga para os mais jovens depois de 35
anos de contribuição. Sairá depois de 49 anos de contribuição. Isso
reduz a oferta de emprego, ao contrário de ampliar", diz o sindicalista.
Já o professor Horvath Junior prevê até mesmo crescimento da
informalidade. "Não consigo entender como a reforma da Previdência pode
movimentar a economia. Pode ser que, com essas regras bem rígidas, haja
também a possibilidade de um aumento de atividade informal. E com isso,
em vez de se obter uma maior arrecadação, por parte da Previdência, pode
haver uma diminuição dessa base de arrecadação."
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